(em 81 páginas de texto
e através de mais de 300 fotos)
do reencontro (e possível encontro)
.
No plano das ilustrações, todo o desenrolar dos acontecimentos é sempre referenciado às escolhas e à classificação das fotografias que o livro apresenta.
Num golpe, em jornalístico reencontro entre mais de 300 fotos, a novela do presente!
Este recorte do livro "Bonecos e Pretinhas", de 2017, me reaparece no Facebook... É o trecho em que o personagem vislumbra, na História do Brasil (e esta é uma das ideias-chave do livro), a existência do “Tao Brasil”.
O corte da imagem destacou, por acaso, da página ao lado (onde fotos de Presidentes da República ilustravam o texto), a legenda da foto do presidente FHC (o texto, como exemplo, cita o Plano Real) e, principalmente a imagem do presidente Lula falando firme durante comício em defesa da presidente Dilma, antes do Golpe de 2016.
No texto, o personagem desenvolve a tese de que, no Brasil, a evolução da História se dá por conta de repentinas e radicais mudanças de direção. E começa a citar exemplos: o Plano Real, que debelou a inflação nos anos 1990, e a Lava Jato, que serviu de base para o Golpe de 2016 e desmantelar o projeto desenvolvimentista dos governos do PT. Outros exemplos, recuando na História, poderiam ser citados: em 1985, após o movimento Diretas Já, o esgotamento da ditadura; em 1964, o próprio golpe militar-empresarial que deu origem a esta ditadura; o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e outros, daí para trás.
Voltando ao trecho do livro e à ordem direta da História, pode ser acrescentada, a partir de 2019, a reviravolta jurídico-política provocada pela Vaza Jato, que inverte o entendimento do país sobre a Lava Jato. Este chocante conjunto de denúncias, na prática, se não mudou o rumo geral do país, colaborou para nova virada do Tao Brasil. A maior desgraça da Lava Jato pode até ter sido, na prática, a entrega do Pré-Sal às empresas estrangeiras, mas não se pode deixar de reconhecer que abriu caminho para a malfadada "era Bolsonaro", o pior governo que o Brasil já teve, com o desmanche generalizado do Estado brasileiro, o estupro econômico da Amazônia e, enfim, a contínua tentativa de golpe militar ou miliciano com evidentes característica fascistoides.
E assim as tensões foram se acumulando... Até que vieram os até surpreendentes acontecimentos do final de 2022: a terceira eleição de Lula Presidente do Brasil, a transição cuidadosa para o novo governo, a posse emocionante do povo em 01/01/2023, o ministério socialmente engajado, o início da reconstrução do país após tanto desmonte e, acima de tudo e de todos, a expectativa esperançosa do povo brasileiro.
Tudo isto, na prática, não seria mais um espetacular exemplo histórico da evolução do “Tao Brasil”?